BEGONIACEAE

Begonia albidula Brade

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Begonia albidula (BEGONIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

3.358,57 Km2

AOO:

64,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre no Estado do Espírito Santo (Jacques, 2012) e no Estado de Minas Gerais (Kollmann, 2012). Sendo encontrada em altitudes que variam de 600 a 1200 m (Kollmann, 2012)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(iii)+2ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

É uma espécie herbácea encontrada principalmente em Inselbergs do Espírito Santo, tendo uma distribuição restrita (EOO=2886.63 Km², AOO=68 Km²) e especificidade de habitat. Essas formações graníticas vêm sofrendo intensa exploração por mineradoras, o que poderá causar a extinção de subpopulações que ocorrem nas áreas exploradas. Além disso, é possível haver uma subpopulação em Manhuaçu, Minas Gerais, distante do restante das demais subpopulações no Espírito Santo. Suspeita-se, portanto, que a espécie seja severamente fragmentada.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 10: 137 1950.A espécie pode ser diferenciada pelo porte subarbustivo, folhas suculentas com a face adaxial verde brilhosa e abaxial alvo-lanuginosa, estípulas grandes, frutos avermelhados com alas reduzidas e placentação bipartida (Kollmann, 2012). No Espírito Santo esta espécie é simpátrica com B. kuhlmannii Brade sendo facilmente distinguida por esta ultima apresentar indumento furfuráceo a velutino, composto de tricomas estrelados, folhas subcoriáceas, planas no material vivo, pecíolos maiores, flores pistiladas menores, hipanto alvo a esverdeado e cápsulas com margem superior retilínea e inferior arredondada a ligeiramente ascendente (Jacques, 2002).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em inselbergs da Floresta Ombrófila Densa Montana (Kollmann, 2012)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: A espécie caracteriza-se por ervas de 50 a 80 cm altura, subxerofíticas, monóica, floração ocorrendo de abril a dezembro e frutificação de abril a julho, ocorre em inselbergs da Floresta Ombrófila Densa (Jacques, 2012; Kollmann, 2012).

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.1 Mining
A espécie possui distribuição restrita aos Campos de Altitude no Estado do Espírito Santo (Jacques, 2012), local ameaçado pela extração de arenito e granito, o que altera o substrato da área (Martinelli, 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
3.4 Material
A espécie possui distribuição restrita aos Campos de Altitude no Estado do Espírito Santo (Jacques, 2012), esse tipo de vegetação vem sofrendo com inúmeras ameaças, como a remoção da vegetação nativa que, por consequência, facilita a entrada e permanecia de espécies exóticas (Martinelli, 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4 Infrastructure development
A espécie possui distribuição restrita aos Campos de Altitude no Estado do Espírito Santo (Jacques, 2012), local ameaçado pela expansão urbana (Martinelli, 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
A espécie possui distribuição restrita aos Campos de Altitude no Estado do Espírito Santo (Jacques, 2012), local ameaçado por queimadas (Martinelli, 2007).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
Considerada "Deficiente de dados" (DD) pela Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.
Ação Situação
1.2.2.3 Sub-national level on going
Considerada "Vulnerável" (VU) pela Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).